sexta-feira, 20 de julho de 2018

A CRISE DOS DOIS ANOS

    Olá, tudo bem com vcs?😃

    Gente, estou um pouco sumida, mas o motivo é um só: FALTA DE TEMPO!

   Hoje vou falar de um situação que até pouco tempo não imaginava que passaria. É a chamada CRISE DOS DOIS ANOS, também conhecida como ADOLESCÊNCIA DO BEBÊ ou "TERRIBLE TWO".  Confesso pra vocês que essa fase não está sendo nada, mas nada fácil mesmo, ao ponto de procurar ajuda profissional para dar um "norte", pois eu e meu marido ficamos meio que perdidos. E olha que eu torcia o nariz para psicólogos ou psico pedagogos infantis, mas acabei gostando das dicas, que estão sendo de grande valia.
    
     A Manú começou a apresentar um comportamento muito, mas muito agitado mesmo, principalmente depois que completou 2 anos. Cheguei por um momento em pensar que ela era hiperativa. É extremamente ciumenta, não gosta que mexam nos brinquedos dela, gosta de mandar, dar ordens à Katharina (irmãzínea de 4 patas) o tempo todo e sabe muito bem quando quer ou não quer algo, e se contrariada então, dá aquele "show". Por duas vezes, eu e meu marido tivemos que nos retirar do local em que estávamos para não obrigar as pessoas presentes a assistirem ao "show" que a Manú estava dando. Choro, gritos (berros histéricos), querendo se jogar no chão e coisas do tipo, que quem é mãe ou pai já deve ter passado. Aí vocês vão dizer: "ISSO É FALTA DE PALMADA", mas acreditem, não é. E é justamente nesse ponto que resolvemos ouvir um profissional. Somos bem rígidos com a Manuella, acho que às vezes, até um pouco demais. Ficamos o tempo todo a observando, não deixo que ela faça suas vontades, mas mesmo assim ela parece estar a cada dia mais desobediente. A parte boa, é que foi descartada qualquer hiperatividade. O médico logo me perguntou se ela dançava na frente da TV e se interagia com os vídeos que via. Eu não sabia, mas crianças hiperativas não conseguem interagir com os vídeos ou dançar quando escutam as músicas. Ufa, problema nº 1 resolvido: Manú não é hiperativa. Aí veio a outra questão: Se ela não é hiperativa, por qual motivo tem uma reação tão explosiva assim? Foi então que tive a grande surpresa. Quando fui na psico pedagoga, já tinha lido bastante sobre o assunto, e imaginei que ela iria me falar algo do tipo: "É UMA FASE QUE ELA TÁ PASSANDO... NEM TODAS AS CRIANÇAS APRESENTAM ISSO..." e coisas do tipo, essas que você lê bastante quando pesquisa no google. Mas não, ela não falou isso, e disse que a Manú, na verdade, estava reproduzindo o meu comportamento, a minha agitação. As reações explosivas que ela estava tendo eram devido ao modo como eu a reprimia, ao meu tom de voz e a uma certa agressividade e impaciência que eu estava apresentando, mesmo sem perceber. Confesso que tive vontade de mandar a pedagoga para aquele lugar, e quem era ela para dizer que eu era uma pessoa de características agressivas com minha própria filha? Logo eu, tão gentil e amável com todos.

     É bem aí minha gente, que vem a parte mais difícil de todas: OLHAR PARA SI MESMA, E ENXERGAR SEUS DEFEITOS. Todos sabemos como é fácil apontarmos o dedo para o outro e falarmos de seus defeitos, mas é muito complicado quando falam dos nossos. E sinceramente, eu não me via desta maneira. Procurei fazer uma auto análise comigo mesma, ver o que estava de errado, se eu realmente estava sendo agressiva nos gestos, no tom de voz e na repreensão com a Manú. Acabei chegando a conclusão que sim. Passei a falar mais tranquila e pausadamente. Dizer não e ponto final. Se fica contrariada deixo chorar, se ela quer ir para um lugar que a ponha em perigo a prendo no colo e alí ela fica chorando até não aguentar mais. Admiro muito o meu marido no trato com a Manú. Ele tem muito mais jogo de cintura para lidar com ela do que eu.

     Outra coisa interessante que a psico pedagoga falou é que não adianta comparar as crianças de 10 anos atrás com as de hoje. Os nossos bebês são muito mais agitados e espertos que os de antes, e não tem como fazer esse comparativo. Quanto mais cedo colocarmos eles no colégio, melhor, mas confesso que ainda tenho um certo receio (sou dessas mães abestadas mesmo, que no momento em que ver a filha entrando no colégio vai abrir o berreiro e ligar 200 vezes para a direção pra saber se tá tudo bem). Pra estimular ainda mais essa independência que a Manú tem, o ideal seria deixá-la dormir sozinha, no seu próprio quarto e tirar o leitinho da madrugada. Fizemos isso e fiquei surpresa com o resultado: Manú adorou a caminha e não quer mais dormir na nossa cama de jeito nenhum (oh filha ingrata, 😟😟😟). 

     De tudo isso, o que na verdade ocorreu, foi uma mudança de comportamento minha e não da Manú. Ela continua do mesmo jeitinho, birrenta, bagunceira, ciumenta e mandona, mas hoje sei que é uma fase, que vai passar, e seja como for, estaremos sempre ao lado dela para orientá-la, com paciência e amor. Afinal ela é nossa eterna bolota fofucha e a amamos mais que tudo nesse mundo. 💗

     Fiquem com Deus e até um próximo post! 😉

     Bjokas da mãe da Manulinda!





💋💋💋