Olá pessoas lindas, tudo bem com vocês? Gente,
hoje vou falar de um assunto nada legal, mas que não pode ser ignorado: A FORTE
TRISTEZA QUE ALGUMAS MULHERES SENTEM APÓS O PARTO e em casos mais sérios
chegando a uma DEPRESSÃO PÓS PARTO. Isso mesmo, até o dia 13/04/2016 eu não
tinha a menor ideia do que era esse sentimento e se alguém me contasse, juro
que não entenderia. E não culpo ninguém por isso, já que tem coisas que podemos
imaginar, mas entender mesmo, só passando na pele.
Antes da Manuella, tive outra gravidez que
resultou num aborto. Fiquei triste, mas nada que pudesse abalar minha
estabilidade emocional. Seis meses depois engravidei novamente e aí veio a
nossa bolota fofucha. Minha gravidez foi maravilhosa e não posso reclamar de
nada. Engordei 30 kg com muito prazer. Cada ida na médica era uma bronca, mas
na verdade eu nem ligava; ninguém conhece nosso corpo melhor que a gente mesma
e eu sentia que estava indo tudo muito bem. Eu me sentia a mulher mais linda do
mundo👩. Adorava meu barrigão e quanto mais crescia mais feliz eu ficava. Cada
ultrassom, cada batimento cardíaco, ver que dentro de mim estava se formando
uma vida era maravilhoso, sensação única e indescritível.
Poucos dias antes da Manuella nascer, peguei
uma cachorrinha na rua que quase foi atropelada e morta. Ela devia ter menos de
1 mês e estava numa situação bem deplorável. Resolvi cuidar dela e dei o nome
de NINNA, ou melhor dizendo NINNA MOBY DICK (apelido esse dado por meu marido,
kkkkk)🐶. NINNA precisava de muitos cuidados e tratamentos e eu tomei a frente de
realizá-los. Acabei pegando uma infecção na pele, que até hoje não sei se foi
pelas doenças da NINNA ou pelo manuseio dos medicamentos, que mesmo usando
máscara no rosto, me deixavam bem sufocada. Levei uma tremenda bronca da
obstetra, que disse que eu era louca em pegar um animal doente nessa altura da
minha gestação. Críticas não faltaram (cheguei a ouvir que eu gostava mais da
cachorra do que da minha própria filha), mas a NINNA estava comigo e eu não ia
deixa-la. Quem me conhece sabe que já tenho uma vira-latinha de 3 anos, a Katharina.
Bem, como tudo que fazemos acarreta uma consequência, a infecção na pele que
peguei foi pesada (mas somente tive isso pelo fato da gravidez, segundo minha
médica). Para poder me tratar tive que me afastar temporariamente da NINNA que
ficou aos cuidados da minha mãe Conceição, que passou a criar a pequena notável
como uma filha. Apesar desses problemas eu estava muito, mas muito feliz com a
chegada da Manuella.
No dia de tê-la, acordei bem cedo. Às 5 horas
já estava na maternidade com meu marido e minha irmã. A ansiedade pela chegada
de uma nova ariana era enorme, e eu e meu marido estávamos radiantes👪. Fui pra sala
de parto, levei 4 agulhadas da raquidiana nas costas (doeu pra carvalho😖), mas
segui em frente. Chegou o momento tão esperado e a Manuella veio ao mundo. Aí
minha gente, foi que teve início um dos momentos mais difíceis e incompreensíveis
pelos quais já passei. Uma tristeza muito forte tomou conta de mim. Mas não era
uma tristeza normal, era diferente, pois eu não conseguia saber o motivo e nem
entender o que estava se passando dentro de mim. Sabe aquela expressão: “CEGO
PERDIDO EM TIROTEIO”, era mais ou menos assim que eu estava. Parecia que toda a
minha racionalidade tinha sumido. Meu marido perguntava o tempo todo qual o
motivo de tanto choro e nem eu sabia explicar. Aí de repente, eu ficava feliz,
como se nunca tivesse sentido aquela sensação ruim. Mas essa felicidade era
momentânea e logo vinha a tristeza pesada de novo. Na verdade, eu já não conseguia
identificar quem eu era, pois eu mesma não me reconhecia. É difícil entender
isso que eu estou falando, eu sei, mas mais difícil era sentir tudo isso sem
entender o motivo.
Como consequência, eu super valorizei a
doença que peguei um pouco antes da Manú nascer e pronto, aí que minha cabeça
pirou de vez. Eu me perguntava o tempo todo, se eu tinha errado em ter pego a
NINNA, e minha cabeça ficava mais confusa ainda, pois se não tivesse pego, ela
deveria ter tido um fim triste. Meu marido começou a ficar preocupado, e ele
sempre me falava que não entendia por que eu estava assim, pois eu já tinha
passado por tantas situações difíceis durante minha vida e estava deixando me
abalar sem um motivo aparente. Na primeira consulta da Manuella, a obstetra
conversou comigo e me apontou um site para que eu acessasse. Ela explicou que o
que eu sentia era mais comum do que se imaginava, e que não era pra eu me desesperar,
que esse sentimento ia passar, e se não passasse, eu deveria procurar ajuda
profissional. Não sei dizer pra vocês qual foi o momento exato que essa
tristeza foi embora, mas lembro que quando mudei pra casa nova já não estava
mais sentindo nada, então foram cerca de 2 meses ou menos que tive esse
sentimento ruim. Também não sei afirmar ao certo, mas acredito que tive uma
tristeza profunda e incompreensível, que não chegou a ser uma depressão, tanto
que acabou passando sem eu perceber. Fiquei sabendo que esse é um problema hormonal e também pode ser genético, e se eu tiver um segundo filho, tenho fortes chances de vir a
passar por isso de novo.
O que posso afirmar, é que tudo passou sem eu
perceber, e no fim, tudo deu certo. A NINNA acabou ficando com a minha mãe, que
se apegou de tal maneira à MOBI DICK que ficou com a guarda definitiva dela, e
hoje se chama LÚ😁. A Manuella passou imune por tudo isso, sendo uma criança
muito forte e saudável. Eu fiquei boa da doença quase que ao mesmo tempo que
fiquei boa da tristeza. A única certeza que tenho é que nada ocorre na vida da
gente por acaso. A maternidade veio de forma impactante na minha vida (aliás tudo na minha vida sempre foi assim) e quando
olho pra trás, apesar de todo o sofrimento inicial, fico feliz. Quando vou na
casa da minha mãe e vejo a NINNA tão linda e tão amada percebo que nada foi em
vão. Por incrível que pareça, até hoje ela reconhece a mim e ao meu marido,
fazendo muita festa quando nos vê. Quem gosta de animais como eu, sabe que a
sensação de ver um bichinho bem tratado não tem preço.
E quanto à tristeza ou depressão e a possibilidade grande de voltar a tê-la se passar por uma segunda gravidez, só posso dizer uma coisa: NINGUÉM ME PROMETEU QUE A VIDA SERIA FÁCIL😉
Fiquem com Deus e até o próximo post!
Bjokas da mãe da Manulinda 💋💋💋
Nenhum comentário:
Postar um comentário